quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sobre criatividade, inspiração e outros devaneios..

No último domingo passeando pela timeline do meu instagram, me deparei com uma foto da @danuzza. Nela estampado um pedaço de uma matéria aparentemente muito bacana, de uma revista que eu não imaginava qual era. Perguntei, me interessei e descobri: se tratava de um texto publicado na Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios. Procurei um pouco por uma versão online mas, como não obtive sucesso, acabei comprando a revista. 
E como uma galera curtiu essa mesma foto lá no meu instagram e como eu curti o texto, decidi transcrevê-lo aqui. 

Acho uma leitura super válida, principalmente, pra quem lida com criatividade na rotina. ;)


Criatividade não é para os chatos
Se quiser atrair mentes criativas, não fique controlando o horário dos funcionários.

Criatividade rima com personalidades inquietas, curiosas, insatisfeitas a ponto de serem até incômodas. Criatividade não é para chatos. De um conjunto de chatos não sairá nada de novo. Pior, eles poderão até drenar o potencial dos criativos, porque a tendência dos chatos é se unir contra o diferente. 

Numa empresa, é inútil procurar extrair a criatividade de quem está sujeito a um controle de horário. Elimine o controle. É repressão. Elimine também os que acham que o controle induz à produtividade, porque a repressão não leva à virtude. O próprio lugar precisa ser orientado a estimular e acolher a criatividade. 

Deve promover a interação, a troca de informações, a efervescência. Um ambiente desses atrai pessoas criativas. O reconhecimento de seus pares faz toda a diferença ao ser criativo. Os criativos se reconhecem, nutrem-se uns dos outros, precisam interagir para se inspirar

Proximidade pode não se aplicar a todas as áreas. Por exemplo: os escritores aparecem nos lugares mais insuspeitos. Mas, por menor que seja o povoado, deve ter pelo menos uma biblioteca. Aliás, a sua empresa tem uma? Você empresta DVDs de ópera ou balé para seus empregados? Por que não?

Já pintores, inventores, compositores são diferentes dos escritores. Todos precisam de mais. Nem que seja de tintas, de instrumentos, de laboratórios. Precisam dos outros, mas também de liberdade e cuidado. O criativo, que mal se liga no dinheiro, precisa de acolhimento. Daí os mecenas. Quer criatividade na sua empresa? Seja um mecenas, aprecie o heterodoxo, o diferente, desenvolva sua própria curiosidade. 

Para estimular a criatividade na sua empresa, você precisará primeiro neutralizar os chatos. Precisa deles? Eles têm competências das quais você não pode prescindir? Então mantenha-os, mas não no comando. 

Promova quem vai conviver bem com a criatividade e a eventual desordem que ela traz. Em segundo lugar, crie você mesmo um ambiente criativo, que promova o prazer de estar ali, que facilite as trocas. Não sabe como? Visite os ambientes das empresas criativas e escolha o que você quer. Depois, contrate um arquiteto. Já seria um bom começo. Terceiro, atraia um pioneiro que caiba no seu bolso. Ele atrairá os outros criativos. Você talvez nem precise pagar todos eles. Ofereça espaço, condições, acolha. 

Essa interação acabará beneficiando os que trabalham com você. Fomente a diversidade, contrate talentos, não caras bonitas nem currículos glamourosos ou primeiros alunos. Inteligência acadêmica poderá ser um pré-requisito, mas raramente é suficiente. Einstein foi reprovado e trabalhou numa empresa de seguros até que se libertou. Já imaginou a cara do professor que o reprovou? Alguém lembra do nome? Tomara que você não tenha que amargar o arrependimento de ter demitido um sujeito que decolou em outro lugar.

Texto de Alfredo Behrens (publicado na PEGN - Out/2012)

3 comentários:

Déborah Neves Galvão disse...

Boa tarde! aaain, eu adorei o post!
ta demais hoje haha
beijooos ;)

Oficina Chic disse...

Nossa! Q interessante!
Bj

Regis Baldi disse...

Olá moça!!! Amei a postagem.

Gostaria de entrar em contato com você. Desconfio que plagiaram um infográfico seu.

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